Saiba o que são áreas classificadas e como identifica-las
Ambientes industriais com presença de substâncias inflamáveis exigem atenção redobrada quanto à segurança.
Em locais onde gases, vapores, poeiras ou fibras combustíveis podem formar misturas inflamáveis, o risco de explosões torna-se uma realidade concreta.
Esses locais são chamados de áreas classificadas e exigem não apenas equipamentos específicos, mas também procedimentos rigorosos para garantir a integridade das operações e a proteção de todos os envolvidos.
Neste artigo, você vai entender o que são essas áreas, como identificá-las corretamente e por que é essencial utilizar rádios e equipamentos certificados nesses ambientes.
Índice
O que são áreas classificadas?
Áreas classificadas são locais onde há possibilidade de formação de atmosferas explosivas, exigindo cuidados especiais em sua operação.
Para compreender melhor esse conceito, é preciso analisar os riscos de ignição presentes no ambiente, as normas que regem essas áreas e os tipos de substâncias que podem causar combustões.
Conceito de áreas com risco de explosão ou ignição
Em termos simples, trata-se de qualquer espaço onde exista o potencial de uma explosão ocorrer devido à presença de substâncias inflamáveis em contato com o oxigênio e uma fonte de calor ou faísca.
Esse cenário é comum em processos industriais que manipulam solventes, combustíveis, gases ou poeiras combustíveis.
Atmosferas explosivas: quando e onde elas ocorrem?
A formação de atmosferas explosivas acontece quando três elementos se encontram: comburente (oxigênio), combustível (gases, vapores ou poeiras) e fonte de ignição (centelhas, calor ou faíscas).
Essa combinação, conhecida como triângulo do fogo, pode ocorrer de forma contínua, eventual ou apenas em falhas operacionais, mesmo em ocorrências breves, o risco é alto.
Normas e classificações
A segurança em áreas classificadas é regida por diversas normas, como a ABNT NBR IEC 60079, o sistema internacional IECEx, a regulamentação da INMETRO e as normas brasileiras NR-10 e NR-20.
Elas definem critérios técnicos, equipamentos permitidos e procedimentos obrigatórios para operação em atmosferas explosivas.
Como identificar uma área classificada na prática?
Detectar uma área classificada exige conhecimento técnico e análise detalhada do ambiente.
A avaliação considera as substâncias utilizadas, o tipo de processo e as condições operacionais, estabelecendo zonas de risco com base no tempo e frequência de exposição à atmosfera explosiva.
Fatores que determinam a classificação (gases, vapores, poeiras)
A presença de agentes inflamáveis é o ponto de partida. Substâncias como etanol, gás natural, metano, poeira de açúcar ou farinha e solventes orgânicos são exemplos comuns.
Também são levadas em conta propriedades como ponto de fulgor, temperatura de ignição e concentração no ar.
Divisões por zonas ou classes (Zona 0, 1, 2 – Classe I, II, III)
As áreas são classificadas conforme o grau de risco:
- Zona 0: atmosfera explosiva presente continuamente ou por longos períodos.
- Zona 1: atmosfera explosiva presente em condições normais de operação.
- Zona 2: atmosfera explosiva improvável, mas possível em falhas.
- Zona 20, 21 e 22: aplicáveis a poeiras combustíveis, com as mesmas lógicas de frequência.
Nos Estados Unidos, usa-se o sistema por classes e divisões:
- Classe I: gases e vapores inflamáveis.
- Classe II: poeiras combustíveis.
- Classe III: fibras combustíveis.
Cada classe é subdividida em Divisão 1 (risco frequente) e Divisão 2 (risco ocasional).
Exemplos de setores e ambientes com classificação de risco
Indústrias de petróleo, gás natural, química, farmacêutica, mineração, têxtil e alimentícia lidam frequentemente com atmosferas explosivas.
Tanques de armazenamento, silos, cabines de pintura, áreas de envase e instalações de refino são exemplos práticos de locais que exigem atenção especial e, muitas vezes, classificação formal.
Por que é importante usar equipamentos certificados em áreas classificadas?
Equipamentos convencionais podem representar um risco elevado quando instalados em áreas classificadas. Por isso, o uso de dispositivos certificados e intrinsecamente seguros é uma exigência técnica e legal nesses locais.
Risco de faíscas, superaquecimento e ignição acidental
Equipamentos elétricos e eletrônicos, se não forem projetados para essas condições, podem gerar faíscas ou alcançar temperaturas elevadas que iniciam uma combustão.
O simples acionamento de um botão ou falha em uma conexão já é suficiente para desencadear uma explosão.
Exigência legal e responsabilidade técnica sobre segurança
As normas NR-10 e NR-20 exigem que todos os equipamentos utilizados em áreas classificadas sejam certificados e devidamente instalados por profissionais habilitados.
O descumprimento pode acarretar autuações, paralisações operacionais e responsabilização civil ou criminal em caso de acidentes.
Consequências de falhas em atmosferas explosivas
Além de riscos à vida, uma falha em ambiente explosivo pode comprometer estruturas, gerar prejuízos milionários e danos à reputação da empresa.
Prevenir acidentes é mais do que uma obrigação legal, mas uma medida essencial para a continuidade segura das operações.

Rádios para áreas classificadas: o que considerar na escolha?
A comunicação entre equipes em ambientes com risco de explosão é vital. Por isso, os rádios para áreas classificadas devem ser escolhidos com base em critérios técnicos rígidos e normas de segurança internacionalmente reconhecidas.
Equipamentos intrinsecamente seguros: o que significa?
Um rádio é considerado intrinsecamente seguro quando seu projeto limita a energia elétrica e térmica de forma a não causar ignição, mesmo em caso de falhas. Isso significa que ele pode ser operado dentro da área classificada sem risco de gerar uma explosão.
Certificações obrigatórias para rádios em ambientes de risco
É indispensável que os rádios tenham certificações como IECEx, ATEX, INMETRO ou equivalentes.
Elas asseguram que o equipamento passou por testes rigorosos e está apto para uso em atmosferas explosivas, de acordo com a classificação da área (Zona 0, 1, 2, etc.).
Desempenho, durabilidade e clareza de áudio em situações críticas
Além da segurança, rádios para áreas classificadas precisam garantir comunicação clara, alcance adequado e resistência a condições adversas como poeira, umidade, calor e impacto. Esses fatores são cruciais para a operação segura e eficiente.
Soluções da Ramc para comunicação segura em áreas classificadas
A Ramc é referência nacional no fornecimento de soluções de comunicação para ambientes industriais de alto risco. Seu portfólio contempla rádios profissionais que atendem às mais exigentes certificações para uso em áreas classificadas.
Rádios certificados para uso em atmosferas explosivas
A empresa oferece modelos com certificação INMETRO, IECEx e ATEX, incluindo rádios analógicos e digitais com proteção contra explosão, ideais para operações críticas em setores industriais variados.
Suporte técnico para escolha do modelo adequado
A equipe especializada da Ramc auxilia na identificação do rádio mais apropriado para cada tipo de zona, conforme a classificação da área, os requisitos operacionais e as normas vigentes.
Atendimento a setores como petróleo, gás, mineração e químico
Com experiência comprovada, a Ramc atende projetos de alta complexidade, oferecendo equipamentos confiáveis, robustos e seguros, além de suporte técnico e logístico em todo o Brasil.
Conclusão
Compreender o que são áreas classificadas e saber como identificá-las é fundamental para preservar a segurança dos trabalhadores e manter a conformidade com as normas técnicas.
A escolha correta de equipamentos, como rádios intrinsecamente seguros, é um passo decisivo para evitar acidentes e garantir operações eficientes em atmosferas explosivas.
A Ramc está pronta para apoiar sua empresa com rádios certificados, consultoria técnica e soluções sob medida para ambientes com risco de explosão.
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